A Literatura Infantil é uma feliz
provocação à nossa imaginação e à simplicidade de coração. Foi isso que
aconteceu na tarde do dia 29 de Outubro aos mais de 70 educadores reunidos para
ouvir falar a Prof.ª Dra. Ana María Navarrete, da Universidade Autonoma de
Madrid.
Na primeira
parte da formação, dizia-nos a especialista que «existem muitos livros infantis que educam em valores e que explicam a
fé, ou que pelo menos contêm um sentido cristão da existência e que podem
ajudar sem dúvida no trabalho catequético com os mais pequenos,
independentemente da finalidade com que o autor criou a sua obra». Acrescentou
ainda que «há literatura infantil boa,
banal, má e muito má. A questão é saber fazer uma seleção quando é necessário
utilizar livros para crianças. Não é analisar com uma lupa ou tornar-se
paranoico, mas simplesmente ter atenção e empregar o sentido comum, além do
critério estético e literário, sempre necessário na educação». Uma obra
literária infantil é aquela que leva «a
criança a ter uma experiência visual, intelectual e emocional».
De forma
simples explicou-nos também que um bom livro infantil para crianças dos 3 aos 6
anos é aquele que a nível da ilustração apresenta cores marcadas, com um fundo,
com uma ou várias ações em destaque e com o desenho a predominar em relação à
escrita. O texto da trama deve ser breve, assim como a extensão das frases. Os
temas tratados devem abordar os “porquês”, as experiências quotidianas da vida
(as cores, os animais, a família, a comida, a roupa, os brinquedos, a hora de
ir para a cama, a escola e o humor), fazendo em qualquer circunstância uma distinção
clara entre o bem e o mal, o bem feito e o mal feito, sem ambiguidades nos
perfis das personagens e nas suas ações.
Na segunda parte da sessão, houve
tempo para desenvolver um trabalho prático. Por grupos, os educadores
analisaram uma obra literária infantil, identificando a forma como cada obra poderia
ajudar na tarefa do Despertar da Fé, assim como os valores explorados pelo
texto. Houve ainda tempo para fazer uma leitura crítica sobre cada trabalho
desenvolvido, aferindo ideias, clarificando e abrindo novas perspetivas dos
textos, especialmente na sua aplicação à tarefa do Despertar Religioso.
Durante o intervalo, entre o lanche e a conversa, ainda foi possível ver em exposição duas atividades propostas para o tempo do Advento-Natal, realizadas pelos Centros Paroquiais de Vale Figueira e Montijo, com os respetivos temas «No Percurso da Luz» e «A Caminho do Natal...».
- Como já é habitual, pedimos a todos os que participaram da formação que a avaliem. A sua opinião conta! Agradecemos a sua atenção e respostas!
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